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Para tudo! Vamos começar de novo. Aqui seria um espaço para troca de livros, mas acabou tornando-se um local de desabafos. Meus desabafos... Porque minha amiga Luciana abandonou o barco por causa de outros projetos e nunca mais postou nada. Então ela me pediu que reformulasse o blog e eu, Anoushe, sigo daqui com vocês que gostam de acompanhar um pouco do que fervilha em minha cabeça. A finalidade continua sendo trocar ideias, portanto, preciso mais da ajuda de vocês. Quem quiser dar sugestões para futuros textos, mande um e-mail. Podem também enviar textos sobre um livro que leram, uma música que os emocionou, peça de teatro, filme, enfim... Haverá um espaço reservado para suas impressões, tornando esse blog mais participativo e realizando uma efetiva troca de ideias. Conto com vocês, como sempre, para dar seguimento a isso que considero vital: trocar ideias, apreciar a arte, observar e conhecer pessoas e escrever... escrever... escrever...! "Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..." - Clarice Lispector

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

LIVRAI-NOS DA CORRERIA NOSSA DE CADA DIA

Dedico esse texto aos meus colegas e a todas as pessoas que sofrem pra chegar todos os dias a tempo para mais um dia de trabalho.


Às vezes tenho inveja das pessoas que ganham bem e trabalham somente meio período. Porém, não é inveja no sentido ruim, de querer o emprego de alguém, mas gostaria de também ter esse privilégio. Gostaria de acordar e tomar meu café calmamente, conversar com meu filho, ver se ele tomou seu nescau, acompanhá-lo em seu dever de casa. Gostaria de ter tempo para fazer uma caminhada no parque da cidade, tomar uma boa chuveirada e poder almoçar calmamente, sem ter que apressar a comida, sem ter que apressar meu filho em seu banho, sem ter que contar os minutos até para ir ao banheiro.
Fico me perguntando porque as empresas têm obsessão pelo turno de OITO horas. Será que trabalhar mais significa maior produtividade? Tenho sérias dúvidas se a empresa que faz seus funcionários baterem ponto sem flexibilidade tem realmente preocupação com a saúde física e mental do seu maior bem: os próprios funcionários.
Como trabalharíamos melhor se tivéssemos que nos preocupar menos com o relógio! Comeríamos bem, faríamos mais atividade física, estaríamos mais descansados  e, assim, poderíamos produzir mais e melhor. De que adianta gastar tempo e dinheiro organizando a Semana de Qualidade de Vida, se a empresa não se importa com o dia a dia do funcionário? Não sou contra o ponto eletrônico, sou contra a ditadura do relógio! Essa ditadura que pune o funcionário que se atrasou porque teve que descer do carro para conversar com a professora do seu filho, porque teve que parar no posto de gasolina para abastecer ou porque quis, simplesmente, ficar 5 minutos a mais na mesa para fazer a digestão.
Faço couro com aqueles que desejam a mudança imediata desse ritmo de vida frenético e estressante imposto por alguma empresas.
Feliz daquele que pode planejar o seu dia sem ficar refém do ponto eletrônico!

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