Às vezes tenho inveja das pessoas que ganham bem e trabalham somente meio período. Porém, não é inveja no sentido ruim, de querer o emprego de alguém, mas gostaria de também ter esse privilégio. Gostaria de acordar e tomar meu café calmamente, conversar com meu filho, ver se ele tomou seu nescau, acompanhá-lo em seu dever de casa. Gostaria de ter tempo para fazer uma caminhada no parque da cidade, tomar uma boa chuveirada e poder almoçar calmamente, sem ter que apressar a comida, sem ter que apressar meu filho em seu banho, sem ter que contar os minutos até para ir ao banheiro.
Fico me perguntando porque as empresas têm obsessão pelo turno de OITO horas. Será que trabalhar mais significa maior produtividade? Tenho sérias dúvidas se a empresa que faz seus funcionários baterem ponto sem flexibilidade tem realmente preocupação com a saúde física e mental do seu maior bem: os próprios funcionários.
Como trabalharíamos melhor se tivéssemos que nos preocupar menos com o relógio! Comeríamos bem, faríamos mais atividade física, estaríamos mais descansados e, assim, poderíamos produzir mais e melhor. De que adianta gastar tempo e dinheiro organizando a Semana de Qualidade de Vida, se a empresa não se importa com o dia a dia do funcionário? Não sou contra o ponto eletrônico, sou contra a ditadura do relógio! Essa ditadura que pune o funcionário que se atrasou porque teve que descer do carro para conversar com a professora do seu filho, porque teve que parar no posto de gasolina para abastecer ou porque quis, simplesmente, ficar 5 minutos a mais na mesa para fazer a digestão.
Faço couro com aqueles que desejam a mudança imediata desse ritmo de vida frenético e estressante imposto por alguma empresas.
Feliz daquele que pode planejar o seu dia sem ficar refém do ponto eletrônico!
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