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Para tudo! Vamos começar de novo. Aqui seria um espaço para troca de livros, mas acabou tornando-se um local de desabafos. Meus desabafos... Porque minha amiga Luciana abandonou o barco por causa de outros projetos e nunca mais postou nada. Então ela me pediu que reformulasse o blog e eu, Anoushe, sigo daqui com vocês que gostam de acompanhar um pouco do que fervilha em minha cabeça. A finalidade continua sendo trocar ideias, portanto, preciso mais da ajuda de vocês. Quem quiser dar sugestões para futuros textos, mande um e-mail. Podem também enviar textos sobre um livro que leram, uma música que os emocionou, peça de teatro, filme, enfim... Haverá um espaço reservado para suas impressões, tornando esse blog mais participativo e realizando uma efetiva troca de ideias. Conto com vocês, como sempre, para dar seguimento a isso que considero vital: trocar ideias, apreciar a arte, observar e conhecer pessoas e escrever... escrever... escrever...! "Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..." - Clarice Lispector

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Igualdade demora, mas se aprende



Ninguém nasce odiando outra pessoa por causa da cor de sua pele, da sua origem ou da sua religião. Para odiar, é preciso aprender. E, se podem aprender a odiar, as pessoas também podem aprender a amar.” Essa frase é de Nelson Rolihlahla Mandela, advogado, ex-líder rebelde e ex-presidente da África do Sul de 1994 a 1999, considerado o mais importante líder da África Negra, ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 1993 e Pai da Pátria da moderna nação sul-africana.
Um homem que lutou pela liberdade, justiça e democracia de seu povo. Um homem que, como poucos, fez da causa de milhares de pessoas a sua própria causa. Ficou preso durante 26 anos, lutando contra o regime segregacionista do Apartheid, introduzido como política oficial após as eleições gerais de 1948. Esse regime dividia os habitantes em grupos raciais (negros, brancos, de cor, e indianos), separando as áreas residenciais, muitas vezes por meio da força. Os negros foram privados de sua cidadania, tornando-se legalmente cidadãos de uma das dez pátrias tribais autônomas chamadas de bantustões. Nessa altura, o governo já havia segregado a saúde, a educação e outros serviços públicos, fornecendo aos negros serviços inferiores aos dos brancos. Em 1990, o presidente Frederik Willem de Klerk iniciou negociações para acabar com o apartheid, o que culminou com a realização de eleições multirraciais e democráticas em 1994, que foram vencidas pelo Congresso Nacional Africano, sob a liderança de Nelson Mandela.
Caminhando pela Joanesburgo (África do Sul) de 2013, a realidade parece estar bem distante do sonho de Mandela em que “…todos levantar-se-ão e compreenderão que foram feitos para viverem como irmãos”. Vemos ainda uma grande segregação social e racial, infelizmente nada diferente do Brasil e de muitos lugares do mundo. Negros e brancos podem viver onde quiserem, mas as condições sociais e raciais ainda os separam: os negros ainda são os que “cuidam” e servem aos brancos, por exemplo, e, hoje, apesar de ser permitido que negros e brancos se casem, isso quase não acontece… Como disse uma sul africana branca que conheci: “são só 20 anos sem o regime, o povo ainda está se readaptando…”
Uma realidade muito diferente do ideal de Mandela, mas que talvez tenha solução por meio da educação. Como ele, acredito nisso. Se ensinaram erroneamente que pode-se diferenciar pela cor da pele, pela condição social, pela religião ou pelo sexo, será preciso passar uma borracha e começar do zero com novos ensinamentos. Ensinando o correto às futuras gerações, quem sabe elas possam criar um mundo melhor e mais igualitário, quem sabe elas possam colocar um ponto final nessa maneira desumana de se viver, quem sabe elas consigam praticar os ideias de Mandela.
“A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo”. (Mandela)