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Para tudo! Vamos começar de novo. Aqui seria um espaço para troca de livros, mas acabou tornando-se um local de desabafos. Meus desabafos... Porque minha amiga Luciana abandonou o barco por causa de outros projetos e nunca mais postou nada. Então ela me pediu que reformulasse o blog e eu, Anoushe, sigo daqui com vocês que gostam de acompanhar um pouco do que fervilha em minha cabeça. A finalidade continua sendo trocar ideias, portanto, preciso mais da ajuda de vocês. Quem quiser dar sugestões para futuros textos, mande um e-mail. Podem também enviar textos sobre um livro que leram, uma música que os emocionou, peça de teatro, filme, enfim... Haverá um espaço reservado para suas impressões, tornando esse blog mais participativo e realizando uma efetiva troca de ideias. Conto com vocês, como sempre, para dar seguimento a isso que considero vital: trocar ideias, apreciar a arte, observar e conhecer pessoas e escrever... escrever... escrever...! "Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..." - Clarice Lispector

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Não é preciso carregar um cemitério na cabeça


O ser humano deveria ter a capacidade de limpar o histórico de sua memória, assim como fazemos após uma pesquisa no google, ou deletar acontecimentos ruins da mente com a mesma facilidade com a qual deletamos mensagens de pessoas ou assuntos desagradáveis. Com o passar do tempo, a gente acaba carregando um “cemitério na cabeça”, como diz a música “Impossível” do Biquíni Cavadão.

Muitas vezes nos esquecemos do nome de um amigo de infância, da sensação gostosa da primeira paixão, da doce feição de um professor importante em nossa educação, das palavras sensatas de um avô que já se foi, das primeiras palavras de um filho, mas, inevitavelmente, nos lembramos do teor de uma discussão, daquele chefe que era o maior “carrasco”, da única pisada na bola de um amigo, do fora de um namorado, de uma surra que levamos da mãe em desespero, do pior dia de nossa vida...

Será que de fato precisa ser assim? A experiência ruim é importante para que a gente desvie o caminho e consiga não repeti-la, mas será que precisamos ficar ocupando a nossa memória com a sua presença morta infindavelmente?

Talvez a sabedoria da vida seja conseguir descobrir a quantidade de energia e o tempo que precisamos dispensar para um determinado acontecimento ruim e depois definitivamente eliminá-lo de nossa memória. Quem sabe assim sobraria mais espaço para as lembranças boas, para as palavras de carinho, para o surgimento de ideias mais produtivas, porque bons pensamentos iluminam o seu dia, atraem pessoas na mesma sintonia, fazem o rio da vida fluir em direção ao novo, ao presente, uma correnteza em direção oposta às cruzes do passado.

Tudo que morre fica vivo na lembrança”, mas há um tempo certo para alimentarmos essas recordações, aprendermos com elas e, depois de mortas, deixá-las ir. Não há porque construirmos um “cemitério na cabeça”, o ideal é fazer um esforço para que elas sumam, sejam deletadas e não remoídas.

Quem disse que viver é fácil? Mas a gente vai tentando e, no fim, aprendendo a cremar acontecimentos ruins no momento certo e abrir espaço em nossa mente para tudo de bom que às vezes nem tem a oportunidade de nascer por lá.

O pensamento positivo pode vir naturalmente para alguns, mas também pode ser aprendido e cultivado, mude seus pensamentos e você mudará seu mundo”. Norman Vincent Peale

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Intensidade

                                                   
                                                       

Quero viver sem economia de espaço
Porque o céu eu laço
Sem economia de desejos
Muito menos de abraços

Quero viver sem miséria
Sem vida de poucos feitos
Sem almas de amor rarefeito
Sem economia de respeito

Quero viver sem pobreza
Sem a cegueira da falsa beleza
Sem a contenção da entrega
Sem não sentir certezas

Quero viver sem medo
Sem a segurança do conhecido
Sem não pretender voar
Sem não fugir do estabelecido

Sem economia de idade
Sem miséria na lealdade
Sem pobreza, sem medo
Transbordando intensidade...