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Para tudo! Vamos começar de novo. Aqui seria um espaço para troca de livros, mas acabou tornando-se um local de desabafos. Meus desabafos... Porque minha amiga Luciana abandonou o barco por causa de outros projetos e nunca mais postou nada. Então ela me pediu que reformulasse o blog e eu, Anoushe, sigo daqui com vocês que gostam de acompanhar um pouco do que fervilha em minha cabeça. A finalidade continua sendo trocar ideias, portanto, preciso mais da ajuda de vocês. Quem quiser dar sugestões para futuros textos, mande um e-mail. Podem também enviar textos sobre um livro que leram, uma música que os emocionou, peça de teatro, filme, enfim... Haverá um espaço reservado para suas impressões, tornando esse blog mais participativo e realizando uma efetiva troca de ideias. Conto com vocês, como sempre, para dar seguimento a isso que considero vital: trocar ideias, apreciar a arte, observar e conhecer pessoas e escrever... escrever... escrever...! "Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..." - Clarice Lispector

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Atitudes que mudam o mundo

Outro dia desses um amigo meu, que admiro muito por sinal, me fez uma encomenda: que pusesse no papel algo sobre o quão admirável é tomar atitudes que mudam o mundo, que movem o mundo. Ele se referia àquelas pessoas que têm garra de viver e cujas ações promovem mudanças, seja na dimensão que for  melhorando a vida de um indivíduo ou de milhões.
A garra de viver parece uma coisa simples, estou vivo e pronto. Na verdade não é tão simples assim. Têm pessoas que se dobram fácil ante os problemas e outras dizem em tom de desafio: "eu sou mais forte". Uma que posso citar por conhecer de perto é minha avó. Ela tem 97 anos, já não anda, ouve e nem enxerga direito, mas a memória é 100%: ela se lembra de datas, nomes, sabe meu telefone de cor. Outro dia cheguei pra visitá-la e ela estava sorridente contando que um sobrinho disse que uma senhora lá da cidade dele, com 103 anos, estava noiva de um jovem na faixa dos 80.  Há esperança! ela disse. Há!  concordei. Seguramente há esperança enquanto houver vida e brilho no olhar. Minha avó faz planos para daqui a 10 anos  isso é um exemplo de garra de viver...
Eu, na minha inocente inexperiência, disse a esse amigo, durante essa nossa conversa existencial, que eu não tenho medo de morrer. Que tenho medo de perder as pessoas que amo, mas de morrer não. Porque, eu justifiquei, neste mundo há muita miséria, muita maldade, o ser humano me parece muitas vezes cruel  o inferno já é aqui  reiterei. Então, ele me respondeu:  ... quando eu tinha 36 anos, como você, também pensava assim. Não tinha nenhum medo da morte...
Aí eu parei e pensei: como eu fui arrogante. Viver é um privilégio diário. Existe muita podridão, corrupção, maldade, mas existem seres verdadeiramente iluminados que vieram a este mundo para realizar algo. Volto àquelas pessoas que esse amigo citou. Cientistas e médicos que dispõem grande parte do seu tempo debruçados em livros para descobrir a cura para desconhecidos viverem mais. Pessoas que dedicam sua vida a causas nobres seja pela salvação da natureza, pela erradicação da fome, da violência... enfim, viver vale a pena também por esses seres que movem o mundo.
E tem gente ao nosso lado movendo o mundo: um amigo que luta contra uma doença grave, mas não perde a alegria de viver; alguém que sofre a ausência de outro alguém muito amado que partiu, mas acorda todos os dias e tem palavras amigas para aconselhar; a senhora que tem cinco filhos, o marido a abandonou muito cedo, ela acorda quatro da manhã para às sete horas estar servindo o seu café; o deficiente físico de pouco mais de 30 anos que vai cedo dar palestras para ajudar outras pessoas a vencerem as dificuldades como ele fez. Vencer é a palavra de ordem de quem move o mundo. Pessoas como esse meu amigo que está sempre pensando em novos projetos para mudar a vida de outros; como a minha avó, que olha de frente para os desafios e responde: "a vida continua". E como tantos outros seres iluminados que movem o mundo com ações, palavras e exemplos e fazem com que a gente tenha orgulho e muita vontade de viver.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

A vida é uma lousa

"Esquecer é uma necessidade. A vida é uma lousa, em que o destino, para escrever um novo caso, precisa apagar o caso escrito". Quem escreveu isso foi Machado de Assis. E quando li, logo pensei: faz sentido. A vida é uma sucessão de reescrituras, releituras, às vezes melhores que as anteriores, outras vezes não. Mas concordo com Machado de Assis, um novo caso só se escreve depois de apagado o anterior. Isso, numa tentativa de se escrever direito, legível. Porque é claro que podemos escrever em cima. Mas fica algo embolado, ilegível... E assim é a vida. Se a gente não encerra um capítulo, apaga ele da lousa, o próximo vem encavalado, com letras emboladas e construir uma narrativa torna-se muito mais difícil.

No amor, por exemplo, impossível começar um novo caso sem apagar o caso escrito. Fica realmente tudo embolado se houver uma tentativa de sobreposição. Na moda, sobrepor é lindo... uma cor por cima da outra, um vestido por cima de uma blusa, uma imagem por cima da outra... mas no amor, assim como nos traços da lousa, não: é preciso apagar o amor antigo para se escrever uma nova história. Muitas vezes, numa tentativa desesperada de esquecer logo o amor antigo, a gente tenta colocar imediatamente outra pessoa no lugar mas parece tão eficaz quanto apagar as palavras da lousa com a mão. Sabe quando a gente não usa o apagador e mete logo a mão para apagar o texto? Pois é, fica aquela mancha branca e quando a gente escreve por cima não se consegue ler nem o que estava escrito antes e nem o que se formou.

Então não há como não concordar com Machado de Assis: no amor, e em muitas ocasiões da vida, esquecer é uma necessidade. Esquecer um amor quando é imperativo construir outro... esquecer mágoas para manter amizades, relações familiares, colegas de trabalho... esquecer desavenças para escrever novos discursos. A gente pode até pegar um giz rosa ou azul para tentar colorir um pouco o novo caso escrito. Mas sem apagar o anterior, não adianta, fica mal escrito.

Nessa de esquecer o amor antigo, me lembrei de uma amiga que, após uma sucessão de casos mal sucedidos, me ligou chorando e dizendo que não aguentava mais jogar escovas de dentes fora. Cada namorado que entrava na sua vida e na sua casa, aos poucos, para poupar trabalho, deixava logo a escova de dentes. A entrada da escova de dentes é linda: mais intimidade, mas convivência, mais amor... mas o ritual de jogá-la fora, ao término de mais um namoro, tenho que concordar: é terrível. Mas é o começo da tentativa de esquecimento... fazer o quê: ficar olhando para escovas de dentes?

Portanto, mais uma vez, digo que tenho de concordar com Machado de Assis. A vida é uma lousa e porque não dizer uma sucessão de escovas de dentes jogadas fora. Enquanto a gente não souber colocar no lixo tudo que não nos serve nem mesmo como lição, vamos continuar escrevendo casos embolados, mal resolvidos e colecionando escovas com cerdas desgastadas e duras, totalmente inúteis, que só ocupam o espaço de algo que poderia vir a ser construtivo para a nossa vida.
A amiga da leitura Greice Angelotti deixou o seguinte comentário:
Li com carinho os textos de vcs.
Lindos! Cheios de poesia e sentimento, mesmo porque poesia sem sentimento não é poesia né?
Mas, adorei! Parabéns pela iniciativa...!!
Deixo uma sugestão :
O filme comer, rezar, amar.... Vi o trailer e acho que vale a pena conferir! O livro é muito bom!
Que tal um comentário sobre o assunto?
Beijos e boas escritas!!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

VELHA INFÂNCIA

Dia desses estava em um sinal de trânsito, parada, quando vi um motoqueiro comprar um beiju. Fiquei pensando: “Gente, ainda se come beiju!”. Porque se tem uma coisa que me lembra a minha infância é beiju. Sabe aqueles biscoitinhos que parecem um canudo e são vendidos dentro de um saquinho onde vêm seis? É dele mesmo que eu tô falando.
Esse episódio me fez voltar à minha infância e me lembrei de tantas coisas que eu fazia e que não vejo mais criança nenhuma fazer.
Lembrei das brincadeiras de maê na rua da casa da minha avó em uma cidade do interior da Bahia. Lembrei dos meus inúmeros primos de terceiro grau e das brincadeiras na prefeitura. E de como era uma festa quando a gente se reunia na única pizzaria da cidade! Também me recordei das maria-chiquinhas que eu fazia com minha prima e vendia, esperando com ansiedade um trocado pra comprar dindin . E que delícia era comer os coquinhos que meu pai comprava na feira e que quebrávamos na lateral da casa da minha avó!
Era tão bom acordar cedinho com o barulho dos carros de boi e correr para o quintal para apanhar lima do pé e ali mesmo descascar e saborear...
Em julho, na festa de Santana, que é a padroeira da cidade, íamos à única praça da cidade comer o cachorro-quente da barraquinha do meu tio. Como era divertido ver o movimento das pessoas circulando a praça, comendo guloseimas, bebendo, sorrindo e conversando.
De repente, voltei à realidade e fiquei me perguntando se meu filho vai lembrar com carinho e saudade das manhãs curtindo vídeo game, das tardes assistindo cartoon network ou dos passeios ao Hot Zone. Fiquei me questionando se a culpa é minha ou do mundo meu filho não gostar de amarelinha, não subir em árvores e não acreditar em Papai Noel.
Gostaria muito que meu filho tivesse uma boa recordação da sua infância, porque é bom, reconfortante e saudável ser um adulto que tem estórias pra contar...

Luciana

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Par Perfeito

Compartilho mais um texto com vocês!
beijos Anoushe

Hoje eu tive um sonho meio maluco. Sonhei que estava pronta para ir a um festa, mas me faltavam os sapatos. Abri o armário e achei um lindo sapato, vermelho envernizado, que combinava perfeitamente com a roupa que eu estava vestindo. Calcei e realmente constatei que era perfeito. Mas faltava o outro pé, o par do sapato, para tornar o meu visual completo. Fui em busca do par para o meu sapato. Abri o armário e, pasmem! Surgiram vários outros pares de sapato tão bonitos quanto o que eu estava buscando: verdes, azuis, amarelos, com salto agulha, anabela, salto baixo, extremamente alto, envernizado, de couro, enfim, era quase uma sapataria de luxo. E quanto mais eu tentava localizar o par para aquele sapato que eu já havia decidido ser perfeito para compor o meu visual, mais surgiam sapatos maravilhosos tentando me persuadir a mudar de ideia. E no sonho, eu abria gavetas e lá estavam novos pares... me enfeitiçando... cheguei a experimentar outros sapatos, confesso, lindos, mas não me pareciam tão perfeitos quanto o primeiro.

Acordei do sonho sem conseguir encontrar o outro pé... Então pensei: acho que a vida é assim também, uma eterna busca pelo par perfeito. E como no meu sonho, a vida vai te oferecendo uma infinidade de opções aparentemente bem melhores do que a que você tem. Tem gente mais decidido e confiante que aposta logo no primeiro, podem aparecer outras opções muito mais atraentes, mas gosta mesmo é daquele surradinho, que pode não ser tão bonito quanto outros, nem tão elegante, mas não te dá calos e quando você calça te dá aquela sensação de aconchego, conforto, o pé chega relaxa porque o número é o certinho...

Perfeito, na verdade, não existe, nem o seu pé é  perfeito... perceba que ele pode ter uma unha torta, ser áspero, ter calos, joanetes.. mas sempre vai haver aquele sapato que se adapta ao seu pé... aquele sapato que faz com que seus calos não doam, ou doam menos, que não te aperte na ponta porque você tem uma unha encravada...

E tem também aquele sapato que te serviu durante quase uma vida... mas já não se adapta mais ao formato do seu novo pé.... os pés mudam.... Aí sim, pode ser a hora de buscar um novo sapato. Não que o antigo deva ser desmerecido, ele foi perfeito por muito, muito tempo, mas não é mais.... não adianta insistir... desapegue... deixe que ele faça outro pé feliz, deixe que ele encontre um outro pé que se adapte melhor ao seu novo formato. Assim como os pés mudam, os sapatos alargam as tiras, desgastam o salto, mas há quem prefira o salto baixo, as rasteirinhas...

˝Há sempre um chinelo velho para um pé cansado˝. Acredito nisso, e acredito também que, assim como no meu sonho, é importante estar no momento certo para perceber que já encontrou o calçado perfeito e não deixar que as milhares de opções que a vida te apresenta te desviem do objetivo de apenas localizar o outro pé.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

ELISA LUCINDA – UM VERDADEIRO SHOW

As amigas da leitura foram ao espetáculo "Parem de falar mal da rotina", com Elisa Lucinda. Confiram as impressões!
Por Luciana

Elisa Lucinda conclama a todos que parem de falar mal da rotina. No engraçadíssimo espetáculo, a atriz e poetiza ironiza as pessoas que põem a culpa na rotina pelo fracasso dos casamentos. Casamentos que não dão certo porque se fizeram por interesse, porque se concretizaram sem amor ou porque se mantém por comodismo. Também mostra com muito bom humor, como o passar dos anos pode deixar uma pessoa amargurada ou feliz, dependendo de como ela encara os desafios e os problemas.

Na minha opinião, todos deveriam assistir à peça que nos faz pensar no nosso dia a dia, na forma como encaramos os obstáculos, como preparamos nossos filhos, como nos relacionamos com nossos amigos.

A atriz nos mostra que a todo momento podemos reinventar nossa vida e esse é o “grande barato”, porque não é o acaso que determina nosso destino, tudo depende do referencial que temos das coisas. Podemos escolher vir ao trabalho cantando e admirando o céu azul de Brasília ou vir lamentando que estamos cansados e com sono, podemos vir apreciando os ipês coloridos dessa época do ano ou vir lamentando que poderíamos estar ainda na cama. Não que seja ruim ficar até tarde embaixo do edredom, curtindo uma boa preguiça e sem ter que sair correndo pra bater o ponto do trabalho, mas podemos fazer nossa rotina muito mais agradável.

Não quero ser a mãe “tarja preta” que Elisa Lucinda ilustra na peça – aquela mulher amargurada no tempo, que toma antidepressivos e tem a expressão de anos de cansaço. É muito melhor ser a velhinha que tem histórias engraçadas pra contar, que curte os netos, um sambinha e, porquê não uma cervejinha.

Você pode escolher ser aquela pessoa alto astral que todo mundo quer estar perto ou ser aquela que só reclama de tudo, contaminando todos que estão à sua volta.

A vida é feita de escolhas e podemos escolher ser felizes, só depende de como queremos traçar a nossa trajetória.
 
 
Por Anoushe
 
 
Ontem, eu e mais três amigas fomos assistir ao espetáculo "Parem de falar mal da rotina", com Elisa Lucinda. O evento fez parte de um festival que está acontecendo aqui em Brasília, "Mulheres em cena"― uma iniciativa bem bacana que dá destaque à produção artística protagonizada por mulheres.

Mas eu não estou aqui para falar do festival e sim de Elisa Lucinda. Eu já havia assistido essa peça de outra vez que a atriz esteve aqui em Brasília, e ontem, ao vê-la pela segunda vez, tive a mesma impressão: a mulher é um show. Eu consegui rir e me emocionar como da primeira vez. A atriz consegue de uma maneira extremamente engraçada - na verdade chorei de rir várias vezes - fazer a gente refletir sobre temas cruciais da nossa existência.

Usando o humor, ela fala sobre o que ela chama de "cárceres"- coisas inúteis que nós mesmos criamos. Frases como "Eu sou orgulhoso mesmo..." "Não ligo para aquela mulher de jeito nenhum...", leis que criamos e nos aprisionam desnecessariamente. Por que, na verdade, para que serve o orgulho, por exemplo? Para nada... como a atriz diz " só deveríamos dizer sou orgulhoso mesmo se viesse seguido de um "mas estou em tratamento". E de uma maneira igualmente bem humorada ela fala sobre outros cárceres como sermos racistas, escravos da beleza padrão (beleza é tão ampla, não?), dos perigos a que estão sujeitas as nossas crianças.

A reflexão que a atriz nos convida a fazer não é sobre as crianças de rua, mas sobre nossos filhos: "classe média", "classe alta". Coisas como o pai que proíbe o parquinho porque o menino de cinco anos está viciado em parquinho. Aí o garoto responde "que merda", e o pai contra-ataca "que porra de caralho de palavrão você está falando menino". Ou seja... a gente se contradiz o tempo todo. Ela cita ainda a mãe que fala que vai quebrar o filho todinho pelo telefone e no fim da ligação diz que ama a criança, fala da mãe que se entope de antidepressivos, ansiolíticos, e outros tantos "anuladores" da vida, mas que proíbe maconha dentro de casa.

Durante o espetáculo, ela recita poemas lindos e dá um show de interpretação e sensibilidade. Usa as palavras de uma maneira forte, lancinante, que toca a alma. A palavra existe para tornar presente o que está ausente, algo mais ou menos assim ela disse, eu quis anotar mas não tive como... Mas é isso aí: sou fã da palavra! Sou fã das cenas da vida retratadas no palco, sou fã de poesia e agora, mais ainda, sou fã da Elisa Lucinda!!!!

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

UNIVERSAL DINNER – “SANTO RESTAURANTE”

Mês de agosto, sem férias, sem 13º salário ou qualquer dinheiro extra na conta e aparece uma promoção onde bons restaurantes da cidade preparavam pratos, entrada e sobremesa a uma preço único e, o mais legal, acessível!!!


Vimos as listas dos restaurantes no site da promoção e mal pude acreditar, ELE estava lá...o restaurante que eu sempre sonhei em conhecer, mas que meu salário, decente, porém discreto, não me permitia jamais freqüentar – o Universal Dinner.

Resolvemos, eu , meu marido e meu filhote, aproveitar o sábado para conhecer o tão badalado restaurante!

A entrada, cheia de gente aguardando, não intimidou nenhum de nós - nem mesmo meu filho, na impaciência dos seus 7 anos, quis deixar de enfrentar a fila para poder contar aos amigos que havia conhecido o restaurante mais caro de Brasília – uma grande conquista!

Após alguns minutos, a RP se compadeceu por estarmos com uma criança e nos permitiu entrar para aguardarmos no balcão, onde poderiam nos servir bebidas.

Eu sei não é “fino”, mas não resisti em tirar meu celular da bolsa para fazer algumas fotos naquele lugar – eu tinha que registrar aquele momento!

Após sentarmos, a entrada: uma salada gostosinha, mas nada de muito especial. Em seguida o filé da promoção - escolhemos filé, porque não dá pra ir a um restaurante caro e contar pros amigos que comemos FRAN-GO, não é mesmo?

Ao provar o prato principal, uma sucessão de “hummmmmmmmms” na mesa....Não conseguiria jamais descrever o sabor maravilhoso do filé e a leveza do risoto que acompanhava.

Quando terminei, comecei a imaginar que a sobremesa teria algum defeito – não era possível aquele lugar servir tudo com tamanha perfeição e sabor! Mas eu estava enganada....a sobremesa também era incrível – um mousse delicioso de queijo com calda de goiabada.

Não queria que aquele momento terminasse, tamanha era a minha satisfação em saborear cada coisa que eu provava, mas a comida uma hora acaba e havia uma fila gigantesca aguardando para também aproveitar a promoção.

Oh, santa promoção que me fez experimentar aquele manjar dos Deuses!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Mulheres que gostam de flores

Amigos, segue mais uma crônica para vocês opinarem.
Bom dia a todos
Anoushe

Estava conversando com uma amiga sobre presentes preferidos. Ela me contou que havia ganhado um botão de rosa no dia anterior e havia se apaixonado pela atitude do rapaz, atitude cada vez menos frequente por sinal. Foi quando ela me disse que ama receber flores. E eu prontamente concordei: entre joias e flores, prefiro sempre flores. Aí parei para pensar que existem mulheres que gostam de flores e outras que gostam de joias. Assim como existem homens que dão flores e outros que dão joias.

Quem sou eu para tentar entender porque existem e onde se escondem as sutilezas das preferências... não tenho o "bastão da sabedoria", mas tento entender do mesmo jeito. Afinal a gente aprende é tentando entender coisas, não é??? E lá fui eu tentar entender porque existem mulheres que gostam de joias e outras de flores. Comecei por mim e em mim parei: gosto de flores. Aliás, prefiro as flores. E vai além do ato romântico em si. Prefiro as flores, primeiro, porque são vivas. São cheirosas, coloridas, sedosas, lindas, algumas até com sabor... As joias são frias, insípidas, inodoras ... bonitas são, tenho que admitir, e transformam uma mulher... mas transformam qualquer mulher, coisa que as flores não fazem... As flores não transformam uma mulher, apenas fazem aflorar o que elas já são. O próprio nome já contém tal significado: "afloram". Já parou para enxergar o brilho no olhar de quem ganha flores? É um brilho que transborda felicidade, felicidade que já pertence a essa mulher... um brilho que exterioriza paixão, amizade, gratidão... sei lá... tudo que vier embutido no oferecimento de uma flor. A joia também desencadeia um brilho no olhar, mas parece que quando você a utiliza, de alguma maneira ela te transforma: a básica vira chique, a pobre aparenta riqueza, a simples demonstra luxo, a triste de repente consegue ficar feliz... por isso prefiro as flores.

A joia parece trazer consigo um quê de imponência, poder, que nem a mais rara ou mais bela das flores pretende transmitir. A começar pelo fato de não se pretender ser eterna: a flor vive o tanto que precisa durar - um dia, uma semana, um mês - e perfuma a alma para sempre. Já a joia dura várias vidas, gerações e pode não atingir a alma de ninguém. Ao contrário, às vezes provoca discórdia, brigas em inventários, corações partidos... Por isso prefiro as flores...

Nada contra as joias, elas são necessárias. Afinal, imagine um mundo sem alianças, sem pingentes de coração, sem braceletes e coroas... mas prefiro as flores, porque ao imaginar um mundo sem flores, vejo um mundo cinza, sem cheiro, sem brilho nos olhos, sem sorrisos, sem amor... por isso prefiro as flores.