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Para tudo! Vamos começar de novo. Aqui seria um espaço para troca de livros, mas acabou tornando-se um local de desabafos. Meus desabafos... Porque minha amiga Luciana abandonou o barco por causa de outros projetos e nunca mais postou nada. Então ela me pediu que reformulasse o blog e eu, Anoushe, sigo daqui com vocês que gostam de acompanhar um pouco do que fervilha em minha cabeça. A finalidade continua sendo trocar ideias, portanto, preciso mais da ajuda de vocês. Quem quiser dar sugestões para futuros textos, mande um e-mail. Podem também enviar textos sobre um livro que leram, uma música que os emocionou, peça de teatro, filme, enfim... Haverá um espaço reservado para suas impressões, tornando esse blog mais participativo e realizando uma efetiva troca de ideias. Conto com vocês, como sempre, para dar seguimento a isso que considero vital: trocar ideias, apreciar a arte, observar e conhecer pessoas e escrever... escrever... escrever...! "Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..." - Clarice Lispector

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

VELHA INFÂNCIA

Dia desses estava em um sinal de trânsito, parada, quando vi um motoqueiro comprar um beiju. Fiquei pensando: “Gente, ainda se come beiju!”. Porque se tem uma coisa que me lembra a minha infância é beiju. Sabe aqueles biscoitinhos que parecem um canudo e são vendidos dentro de um saquinho onde vêm seis? É dele mesmo que eu tô falando.
Esse episódio me fez voltar à minha infância e me lembrei de tantas coisas que eu fazia e que não vejo mais criança nenhuma fazer.
Lembrei das brincadeiras de maê na rua da casa da minha avó em uma cidade do interior da Bahia. Lembrei dos meus inúmeros primos de terceiro grau e das brincadeiras na prefeitura. E de como era uma festa quando a gente se reunia na única pizzaria da cidade! Também me recordei das maria-chiquinhas que eu fazia com minha prima e vendia, esperando com ansiedade um trocado pra comprar dindin . E que delícia era comer os coquinhos que meu pai comprava na feira e que quebrávamos na lateral da casa da minha avó!
Era tão bom acordar cedinho com o barulho dos carros de boi e correr para o quintal para apanhar lima do pé e ali mesmo descascar e saborear...
Em julho, na festa de Santana, que é a padroeira da cidade, íamos à única praça da cidade comer o cachorro-quente da barraquinha do meu tio. Como era divertido ver o movimento das pessoas circulando a praça, comendo guloseimas, bebendo, sorrindo e conversando.
De repente, voltei à realidade e fiquei me perguntando se meu filho vai lembrar com carinho e saudade das manhãs curtindo vídeo game, das tardes assistindo cartoon network ou dos passeios ao Hot Zone. Fiquei me questionando se a culpa é minha ou do mundo meu filho não gostar de amarelinha, não subir em árvores e não acreditar em Papai Noel.
Gostaria muito que meu filho tivesse uma boa recordação da sua infância, porque é bom, reconfortante e saudável ser um adulto que tem estórias pra contar...

Luciana

Um comentário:

  1. Oi, amigas! Gostei do seu texto, Lu, embora ainda não saiba o que é o tal do beiju. Pra mim, beiju é doce de tapioca com leite condensado...

    Da mesma forma que você se pergunta se seu filho vai se lembrar das brincadeiras da infância com carinho, penso também nos livros: criança de hoje ainda lê coleção Vagalume? Também se divertem querendo saber quem é o assassino no Caso da Borboleta Atíria? Será que sabem quem é Ziraldo e jpa leram Flicts? E o Monteiro Lobato, será que ainda vende como antes ou as crianças preferem ver as histórias na TV?

    Em uma época em que criança quer livro da Barbie e do Bob Esponja, pais põe DVD pro filho parar quieto, ainda prefiro Marcelo Marmelo Martelo, Reinações de Narizinho, O Poço do Visconde, O Homem que Calculava, Precisa-se de um Rei, O Menino Marrom, A Ilha Perdida, Oito Minutos Dentro de uma Fotografia, Bisa Bia, Bisa Bel, O Pequeno Príncipe, As Mil e Uma Noites...

    Beijo!

    Saenandoah

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