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Para tudo! Vamos começar de novo. Aqui seria um espaço para troca de livros, mas acabou tornando-se um local de desabafos. Meus desabafos... Porque minha amiga Luciana abandonou o barco por causa de outros projetos e nunca mais postou nada. Então ela me pediu que reformulasse o blog e eu, Anoushe, sigo daqui com vocês que gostam de acompanhar um pouco do que fervilha em minha cabeça. A finalidade continua sendo trocar ideias, portanto, preciso mais da ajuda de vocês. Quem quiser dar sugestões para futuros textos, mande um e-mail. Podem também enviar textos sobre um livro que leram, uma música que os emocionou, peça de teatro, filme, enfim... Haverá um espaço reservado para suas impressões, tornando esse blog mais participativo e realizando uma efetiva troca de ideias. Conto com vocês, como sempre, para dar seguimento a isso que considero vital: trocar ideias, apreciar a arte, observar e conhecer pessoas e escrever... escrever... escrever...! "Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..." - Clarice Lispector

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Anjo da inspiração



No dia 25 de julho, comemoramos o dia do escritor. Navegando pela internet, li uma definição sobre o ato de escrever que achei muito simples e realista. "Escrever é uma liberação da mente, pois, escrevendo, damos asas aos nossos pensamentos e à nossa criatividade, sem encontrarmos limites no tempo nem no espaço. Um escritor não precisa ter a missão de salvar o mundo, mas deve carregar a responsabilidade de ser honesto consigo mesmo e com os outros, pois um dia seus escritos podem ser lidos por alguém, formando opiniões".


O cuidado com aquilo que se escreve é um tema que de vez em quando me toma de assalto. Isso porque realmente acredito que somos responsáveis por aqueles que cativamos com nossos meios de expressão. E em homenagem ao dia do escritor, vou me ater à forma escrita. Quem sabe um dia, o que eu escrevo possa interferir na vida de alguém, assim como uma coleção de letras ordenadas sob a forma de poema, prosa, letra de música, roteiro de cinema ou até rabiscadas em uma parede, ou num quadro, interfeririam na minha. 


Quando tive a primeira decepção amorosa, busquei consolo nas letras de Chico Buarque, e junto com ele lancei a pergunta retórica, como nos versos de Almanaque, "...Me responde por favor/Pra onde vai o meu amor/Quando o amor acaba.../Me responde por favor/Pra que que tudo começou/Quando tudo acaba"...


E, então, na separação, sem entender as razões de como o sentimento se transforma, Vinícius de Moraes veio com sua poesia me contar que é assim mesmo: "De repente do riso fez-se o pranto/Silencioso e branco como a bruma/E das bocas unidas fez-se a espuma/E das mãos espalmadas fez-se o espanto...De repente da calma fez-se o vento/Que dos olhos desfez a última chama/E da paixão fez-se o pressentimento/E do momento imóvel fez-se o drama".

Quando Deus me presenteou com o amor incondicional, com o nome de João, aprendi a respeitar o medo e a agraciar a coragem para que ela nunca me faltasse. Foi então que o conselho de João Guimarães Rosa me serviu " O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem..."


Também me deparei com a saudade de parentes e amigos que se mudaram para longe ou partiram deste mundo e então entendi o que os versos de Pablo Neruda ensinam: "Saudade é solidão acompanhada, é quando o amor ainda não foi embora, mas o amado já..."

Deixo aqui, portanto, minha pequena homenagem a todos os escritores  profissionais, poetas de ocasião, compositores e amadores, como eu. A todos que emocionam com seus escritos, promovem reflexão, levantam questionamentos! E a tantos "anjinhos", humanos ou não como nos filmes de Wim Wenders que sopram em nossos ouvidos para que possamos escrever a coisa certa com destino certo e que muita gente chama de inspiração!

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