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Para tudo! Vamos começar de novo. Aqui seria um espaço para troca de livros, mas acabou tornando-se um local de desabafos. Meus desabafos... Porque minha amiga Luciana abandonou o barco por causa de outros projetos e nunca mais postou nada. Então ela me pediu que reformulasse o blog e eu, Anoushe, sigo daqui com vocês que gostam de acompanhar um pouco do que fervilha em minha cabeça. A finalidade continua sendo trocar ideias, portanto, preciso mais da ajuda de vocês. Quem quiser dar sugestões para futuros textos, mande um e-mail. Podem também enviar textos sobre um livro que leram, uma música que os emocionou, peça de teatro, filme, enfim... Haverá um espaço reservado para suas impressões, tornando esse blog mais participativo e realizando uma efetiva troca de ideias. Conto com vocês, como sempre, para dar seguimento a isso que considero vital: trocar ideias, apreciar a arte, observar e conhecer pessoas e escrever... escrever... escrever...! "Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..." - Clarice Lispector

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Eterno aprendiz


Ontem fui ao Centro Cultural Banco do Brasil prestigiar a segunda edição do projeto Escritores Brasileiros com o escritor paulista Ignácio de Loyola Brandão. A atriz Regina Duarte leu algumas crônicas dele, mas o verdadeiro show foi o próprio escritor contando suas histórias. Poderia dizer que foi a crônica da crônica...Memórias deliciosas de uma infância nos anos 40, cheia de imaginação, ingenuidade, pureza. Torcemos para que a vida brinde nossos meninos de hoje com essas características.
Entre mil e uma frases interessantes que o escritor disse, pude escrever na embalagem de um remédio que trazia na bolsa (perdi minha agendinha de anotações) a seguinte: "Nós dois vivemos muito e continuamos na escola". Ele referiu-se ao encontro que teve com sua professora do primário. Enviou um exemplar de um livro que publicou para a professora que ainda vive em sua terra natal (Araraquara/SP) e ao visitá-la perguntou o que achou. Ela disse: "É, tem que arrumar umas coisinhas", ou algo similar. Ainda o vê como aluno. Ambos viveram muito e continuam na escola...
Ele conta que na escola, sem as metodologias de hoje, ela estimulava a imaginação. Pedia aos alunos que escrevessem o que vissem em seu cotidiano e depois construíssem redações. Ela sempre lia uma que considerasse a melhor e os coleguinhas davam a nota. Várias vezes ele afirmou que essa professora estava e está à frente de seu tempo.
É gostoso ouvir de pessoas que já viveram um bocado considerável que ainda estão na escola. Penso que se realmente encararmos esta vida como uma escola, ela passa menos sofrida. E se tivermos a humildade de nunca acharmos que somos melhores do que os que estão começando, já trazemos na bagagem uma grande lição!
Esta vida é mesmo uma escola e as provas são diárias. Se não aprender direito, mais pra frente a vida te aplica um teste surpresa. Muito pior, porque te pega despreparado. Melhor aprender no primeiro teste...
Tem gente que gosta mais da matemática da vida, é pura razão. É isso por isso e pronto! Eu não. Identifico-me com as ciências humanas, não gosto de matemática, prefiro a poesia dos porquês. É claro que não obtemos respostas absolutas, muito menos verdades, mas em se tratando de gente, nada é absoluto, não é mesmo?
Gosto de aprender com gente: meus companheiros da carteira ao lado, da sala vizinha ou da turma mais distante, ainda que seja do jardim. Já observaram como a turminha do jardim ensina? E muito!
Aprender com gente, com os erros das gentes, com os nossos erros... Avançando de uma classe a outra para no final ainda termos uma única certeza: ainda continuamos na escola e há sempre muito a se aprender.

2 comentários:

  1. Amiga, que lindo!! E você colocou um link pro meu post. Pois fui no meu e coloquei um pro seu também! EEEEEE! Beijosss

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  2. Gostei muito. Realmente se aprende a cada dia que vivemos. A vida, ou melhor, o vivenciar o dia a dia, é uma escola.

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