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Para tudo! Vamos começar de novo. Aqui seria um espaço para troca de livros, mas acabou tornando-se um local de desabafos. Meus desabafos... Porque minha amiga Luciana abandonou o barco por causa de outros projetos e nunca mais postou nada. Então ela me pediu que reformulasse o blog e eu, Anoushe, sigo daqui com vocês que gostam de acompanhar um pouco do que fervilha em minha cabeça. A finalidade continua sendo trocar ideias, portanto, preciso mais da ajuda de vocês. Quem quiser dar sugestões para futuros textos, mande um e-mail. Podem também enviar textos sobre um livro que leram, uma música que os emocionou, peça de teatro, filme, enfim... Haverá um espaço reservado para suas impressões, tornando esse blog mais participativo e realizando uma efetiva troca de ideias. Conto com vocês, como sempre, para dar seguimento a isso que considero vital: trocar ideias, apreciar a arte, observar e conhecer pessoas e escrever... escrever... escrever...! "Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..." - Clarice Lispector

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Alerta


Peço licença aos que acompanham o blog, mas hoje resolvi fazer uma reflexão um pouco diferente das costumeiras relacionadas a cultura, música, livros e sempre tentando ver o lado otimista dos fatos e das pessoas. O episódio de ontem, quando um homem saiu atirando em crianças inocentes numa escola do Rio de Janeiro, causando mais de 11 mortes e outros tantos feridos, deixou o país perplexo e de luto. É inevitável a gente não se colocar no lugar das mães e parentes que deixaram seus filhos na escola para mais um dia rotineiro e de repente têm suas vidas destruídas em segundos por um ato totalmente insano e inexplicável. Vidas roubadas, crianças traumatizadas, seguramente muita dor...

A gente pensa que as tragédias estão sempre distantes de nossas vidas. Até então, na nossa cabeça, ataques a crianças indefesas dentro de uma escola só aconteciam nos Estados Unidos... Ledo engano imaginar que as tragédias não respingam em nossas vidas. E pior ainda achar que o problema alheio não nos interessa. A gente precisa urgentemente parar e dedicar mais tempo às cabecinhas de nossas crianças para que elas possam usufruir de um futuro melhor. Criar nossos filhos repeitando os mais velhos, a natureza, tendo boa educação e principalmente sabendo respeitar e conviver com as diferenças.

Não cabe mais e nunca coube o pensamente de que uns são melhores que outros, seja porque são: brancos ou negros, heterossexuais ou homossexuais, mulheres ou homens, ricos ou pobres, gordos ou magros, calados ou extrovertidos... O atirador foi vítima de bullying na época em que estudava na escola, guardou provavelmente toda sua raiva e humilhação e descontou, infelizmente, em crianças inocentes. Atirou em inocentes para atingir todo um sistema que muitas vezes oprime. E não sabemos como cada oprimido poderá reagir.

É um alerta, precisamos refletir qual é a nossa participação nisso tudo. E precisamos mudar. A melhor maneira, creio eu, é na educação. Compartilhar o nosso tempo com os nossos meninos e meninas, responder às suas perguntas, esclarecer e erradicar o preconceito, seja o tipo que for. Triste demais pensar que um ser humano é capaz de tamanha atrocidade, angustiante saber que muitas vezes a mente é o nosso pior inimigo. Agora, a gente vai ter de pensar e efetivamente mudar, agir, para não vermos escorrer lágrimas e sangue de crianças e adolescentes que deveriam estar simplesmente brincando e sorrindo.

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