Peço licença aos que acompanham o blog, mas hoje resolvi fazer uma reflexão um pouco diferente das costumeiras relacionadas a cultura, música, livros e sempre tentando ver o lado otimista dos fatos e das pessoas. O episódio de ontem, quando um homem saiu atirando em crianças inocentes numa escola do Rio de Janeiro, causando mais de 11 mortes e outros tantos feridos, deixou o país perplexo e de luto. É inevitável a gente não se colocar no lugar das mães e parentes que deixaram seus filhos na escola para mais um dia rotineiro e de repente têm suas vidas destruídas em segundos por um ato totalmente insano e inexplicável. Vidas roubadas, crianças traumatizadas, seguramente muita dor...
A gente pensa que as tragédias estão sempre distantes de nossas vidas. Até então, na nossa cabeça, ataques a crianças indefesas dentro de uma escola só aconteciam nos Estados Unidos... Ledo engano imaginar que as tragédias não respingam em nossas vidas. E pior ainda achar que o problema alheio não nos interessa. A gente precisa urgentemente parar e dedicar mais tempo às cabecinhas de nossas crianças para que elas possam usufruir de um futuro melhor. Criar nossos filhos repeitando os mais velhos, a natureza, tendo boa educação e principalmente sabendo respeitar e conviver com as diferenças.
Não cabe mais e nunca coube o pensamente de que uns são melhores que outros, seja porque são: brancos ou negros, heterossexuais ou homossexuais, mulheres ou homens, ricos ou pobres, gordos ou magros, calados ou extrovertidos... O atirador foi vítima de bullying na época em que estudava na escola, guardou provavelmente toda sua raiva e humilhação e descontou, infelizmente, em crianças inocentes. Atirou em inocentes para atingir todo um sistema que muitas vezes oprime. E não sabemos como cada oprimido poderá reagir.
É um alerta, precisamos refletir qual é a nossa participação nisso tudo. E precisamos mudar. A melhor maneira, creio eu, é na educação. Compartilhar o nosso tempo com os nossos meninos e meninas, responder às suas perguntas, esclarecer e erradicar o preconceito, seja o tipo que for. Triste demais pensar que um ser humano é capaz de tamanha atrocidade, angustiante saber que muitas vezes a mente é o nosso pior inimigo. Agora, a gente vai ter de pensar e efetivamente mudar, agir, para não vermos escorrer lágrimas e sangue de crianças e adolescentes que deveriam estar simplesmente brincando e sorrindo.
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