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Para tudo! Vamos começar de novo. Aqui seria um espaço para troca de livros, mas acabou tornando-se um local de desabafos. Meus desabafos... Porque minha amiga Luciana abandonou o barco por causa de outros projetos e nunca mais postou nada. Então ela me pediu que reformulasse o blog e eu, Anoushe, sigo daqui com vocês que gostam de acompanhar um pouco do que fervilha em minha cabeça. A finalidade continua sendo trocar ideias, portanto, preciso mais da ajuda de vocês. Quem quiser dar sugestões para futuros textos, mande um e-mail. Podem também enviar textos sobre um livro que leram, uma música que os emocionou, peça de teatro, filme, enfim... Haverá um espaço reservado para suas impressões, tornando esse blog mais participativo e realizando uma efetiva troca de ideias. Conto com vocês, como sempre, para dar seguimento a isso que considero vital: trocar ideias, apreciar a arte, observar e conhecer pessoas e escrever... escrever... escrever...! "Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..." - Clarice Lispector

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Mais perto das estrelas

Acabei de chegar de um lugar onde as pessoas dizem que estão mais perto das estrelas! Aí você imagina algum paraíso como o Taiti, com suas águas transparentes, bebidas exóticas e milhares de casais lindos, ricos, felizes e apaixonados circulando... Ou talvez Paris, Fernando de Noronha. Mas eu ouvi isso de uma taxista em Bogotá, na Colômbia. Ao me explicar que a capital colombiana fica a 2.640 metros acima do nível do mar, ela parou, respirou fundo e disse: "aqui a gente está mais perto das estrelas". Quer dizer, ela poderia enxergar o fato de estar a essa altitude como um problema  ar rarefeito, coração com mais dificuldade de bombear oxigênio, náuseas, tonturas  mas preferiu ver a poética vantagem: estar mais perto das estrelas.
Enxergar um mesmo fato de uma maneira otimista ou pessimista é realmente uma escolha. É claro que não estou falando das mazelas que acontecem em nossas vidas, de onde dificilmente pode-se enxergar algo positivo, ao menos imediatamente. Estou falando das reclamações desnecessárias. Quantas vezes nos tornamos "reclamadores de plantão". Já vi gente na beira da praia, hospedado em um hotel seis estrelas, com a cara amarrada porque o garçom demorou um pouco para trazer o troco... E por aí vai: ganha R$ 10 mil de salário que "não dá pra nada"... está deprimida e não sai de casa porque engordou dois quilos... o trabalho é uma porcaria porque só tem um mês de férias, enquanto alguns mexicanos, por exemplo, têm menos de 10 dias no início da carreira.
É certo que devemos tomar cuidado para não entrarmos numa busca desenfreada por um estado de felicidade absoluta. Isso não existe: os momentos ruins estão aí para serem vividos e superados, os pequenos tiranos estão aí para nos testar e nos tornar mais fortes, nunca tudo vai ser 100% bom e perfeito, a começar de nós mesmos. Mas "...tem gente que vive chorando de barriga cheia..." como diria o filósofo Zeca Pagodinho. Tirando as fatalidades da vida, quando é realmente preciso chorar, existem momentos em que podemos, sim, optar pela felicidade e quem sabe morar mais perto das estrelas.

2 comentários:

  1. Que bom Anoushe,

    É isso aí, se os problemas vierem, que gastemos nossas energias pontualmente na solução desses, afinal, isso também nos torna mais fortes. Gostei demais e lembrei da "lage" do prédio, também, mais perto das estrelas.
    Parabéns.
    FMX

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  2. Opa, você está de volta da Colômbia!!! Precisamos colocar as fofocas em dia - e saber se as minha dicas ajudaram em alguma coisa :)
    Beijos

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