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Para tudo! Vamos começar de novo. Aqui seria um espaço para troca de livros, mas acabou tornando-se um local de desabafos. Meus desabafos... Porque minha amiga Luciana abandonou o barco por causa de outros projetos e nunca mais postou nada. Então ela me pediu que reformulasse o blog e eu, Anoushe, sigo daqui com vocês que gostam de acompanhar um pouco do que fervilha em minha cabeça. A finalidade continua sendo trocar ideias, portanto, preciso mais da ajuda de vocês. Quem quiser dar sugestões para futuros textos, mande um e-mail. Podem também enviar textos sobre um livro que leram, uma música que os emocionou, peça de teatro, filme, enfim... Haverá um espaço reservado para suas impressões, tornando esse blog mais participativo e realizando uma efetiva troca de ideias. Conto com vocês, como sempre, para dar seguimento a isso que considero vital: trocar ideias, apreciar a arte, observar e conhecer pessoas e escrever... escrever... escrever...! "Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..." - Clarice Lispector

terça-feira, 8 de maio de 2012

Palavras ao vento



Tenho respeito pelas palavras... Elas me assombram dia e noite, da sua combinação tiro o meu sustento, com elas educo meu filho, plasmo o meu ser, me faço conhecida. Elas me libertam e me aprisionam. Se chegam, me expresso, sou livre; se não chegam, vivo a angústia de sentimentos contidos, encarcerados em mim mesma.
As palavras ganham o mundo, convencem... Podem ser doces, musicadas, suaves poemas ou agressivas, sádicas, purulentas... Podem ser verdadeiras ou jogadas ao vento...
Não, ao vento não! Tento que não sejam. Como disse, as respeito. E por respeito, tento trazê-las ao mundo após uma reflexão. Ou duas...ou três...Nascidas, paridas do verdadeiro sentimento. Não as prostituo, elas não têm preço e, sim, valor. Muito valor, me acompanham desde sempre!
Antes mesmo de torná-las sonoras, as palavras me conferem identidade neste mundo burocrático, de papéis. Meu nome, a primeira, seguido do sobrenome que denomina a raiz a qual pertenço. E me apresentam um alfabeto inteiro para que eu possa dar significado aos meus desejos. E as uso ao meu bel prazer... No início, apenas sobrevivência:  Fome!  Sede!  Xixi! Depois, sobrevivência social:  Quero brincar!  Não gosto que gritem comigo!  Gosto de você! Sempre sinceras, geradas na pureza da infância.
Daí vem a adolescência, vão ficando mais agressivas, mas ainda sinceras. Todas aquelas angústias a gente verdadeiramente sente. E as palavras vão ajudando a concretizar e a construir a nossa identidade. Soam rebeldes, questionadoras, arrogantes, mas vêm acompanhadas de "se", "será?", "por que?". Frases inteiras bem ditas, sentidas, porém inseguras... Mas a adolescência é o momento das frases a serem descobertas, a serem compostas, e, por isso, as palavras continuam sendo sinceras.
Na fase adulta. É aí que a gente se perde! É a hora dos ditos não sentidos e dos sentidos não ditos. É a hora em que se prolifera a palavra medo. Palavras ao vento... Não! Eu tento que não. Eu tenho respeito pelas palavras. Ou não me valeria delas para contar histórias, para descrever o que vi, para acalentar ou chamar atenção, para aliviar minhas dores, as dos outros, abraçar com elas. Sim, as palavras abraçam, sempre e quando verdadeiras... Quem me dera houvesse mais palavras acertadas, atreladas a verdades sinceras e não forjadas. Eu respeito as palavras e acredito nelas... Respeite-as também! Esse é o meu manifesto: não jogue palavras ao vento! 

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