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Para tudo! Vamos começar de novo. Aqui seria um espaço para troca de livros, mas acabou tornando-se um local de desabafos. Meus desabafos... Porque minha amiga Luciana abandonou o barco por causa de outros projetos e nunca mais postou nada. Então ela me pediu que reformulasse o blog e eu, Anoushe, sigo daqui com vocês que gostam de acompanhar um pouco do que fervilha em minha cabeça. A finalidade continua sendo trocar ideias, portanto, preciso mais da ajuda de vocês. Quem quiser dar sugestões para futuros textos, mande um e-mail. Podem também enviar textos sobre um livro que leram, uma música que os emocionou, peça de teatro, filme, enfim... Haverá um espaço reservado para suas impressões, tornando esse blog mais participativo e realizando uma efetiva troca de ideias. Conto com vocês, como sempre, para dar seguimento a isso que considero vital: trocar ideias, apreciar a arte, observar e conhecer pessoas e escrever... escrever... escrever...! "Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..." - Clarice Lispector

terça-feira, 2 de outubro de 2012

A grandeza do anonimato



Outro dia desses estava conversando com um amigo, quando ele lançou a seguinte reflexão: você já parou para pensar que grande parte das pessoas que efetivamente fazem algo para melhorar o mundo vivem no anonimato? Ele se referiu às pessoas que realizam algo e pretendem, deliberadamente, esconder a sua identidade, ou ao menos não ficam por aí alardeando suas ações...

Também seriam essas pessoas que agem no silêncio nossos heróis? A nossa história é marcada pelos feitos espetaculares e grandiosos de vários nomes reverenciados por nós. Mas parece que se o ato não se torna público e pessoal não é devidamente reconhecido. Não como um ato heroico. Não enxergamos grandeza no anonimato.

O filósofo e escritor indiano Jiddu Krishnamurti já dizia que a grandeza é o anonimato. "... e ser anônimo é a maior das coisas. As grandes catedrais, as grandes coisas da vida, as grandes esculturas são obras anônimas. Não pertencem a ninguém, em particular, tal como a verdade. A verdade não pertence nem a vós, nem a mim; ela é de todo impessoal e anônima. Se afirmais possuir a verdade, não sois então anônimo, e sois muito “mais importante do que a verdade..."

Grande então é aquele político septuagenário que recebe um salário de pouco mais de R$ 25 mil, mas doa 90% para instituições assistenciais que cuidam de pessoas pobres. Sobra-lhe R$ 2,5 mil, que segundo ele é suficiente para sustentar a família e abastecer o carro, um fusca. Ou o casal que, ao longo de vinte anos adotou mais de 23 crianças, entre elas, dois casais de gêmeos. Algumas delas têm necessidades especiais e foram abandonadas pelos pais biológicos em creches e hospitais públicos. A família se mantém com R$ 1500 e a renda da fabricação de doces. E tem ainda aquele homem que morreu ao resgatar um desconhecido que havia caído dentro de um poço de uma cisterna...

Pessoas como eles existem? Sim, existem... E é um alento a nossos corações sabermos disso, afinal, vivemos cercados de exemplos de corrupção, maldade e desgraças, amplamente alardeadas... Mas não interessa o nome do rapaz que morreu por um desconhecido ou se o político é o seu Francisco e o casal é Maria e José... O que interessa é que herois como eles efetivamente melhoram o mundo e são exemplos reais de que grande é o anonimato. 

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