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Para tudo! Vamos começar de novo. Aqui seria um espaço para troca de livros, mas acabou tornando-se um local de desabafos. Meus desabafos... Porque minha amiga Luciana abandonou o barco por causa de outros projetos e nunca mais postou nada. Então ela me pediu que reformulasse o blog e eu, Anoushe, sigo daqui com vocês que gostam de acompanhar um pouco do que fervilha em minha cabeça. A finalidade continua sendo trocar ideias, portanto, preciso mais da ajuda de vocês. Quem quiser dar sugestões para futuros textos, mande um e-mail. Podem também enviar textos sobre um livro que leram, uma música que os emocionou, peça de teatro, filme, enfim... Haverá um espaço reservado para suas impressões, tornando esse blog mais participativo e realizando uma efetiva troca de ideias. Conto com vocês, como sempre, para dar seguimento a isso que considero vital: trocar ideias, apreciar a arte, observar e conhecer pessoas e escrever... escrever... escrever...! "Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..." - Clarice Lispector

quinta-feira, 10 de março de 2011

Tempo de criança


Um amigo outro dia desses fez a seguinte observação: "Na física moderna a medição do tempo é relativa, será que para nós o tempo também não é relativo em relação à qualidade do seu uso?" Ele então me explicou o que estava tentando dizer com isso. A sensação que temos quando somos crianças é de que o tempo passa lentamente. No entanto na vida adulta, o tempo se torna artigo de luxo, quase não o vemos passar, voa... Por que isso acontece? Começamos a refletir a respeito...

Quando criança, desfrutamos a maior parte do tempo. Tudo é leve, sem grandes pretensões. Não há nada com que nos preocupar, a ingenuidade nos protege de questionamentos desnecessários, de pessoas desnecessárias, enfim, fora o que cabe ao processo de educação e ao que nos puser em risco de vida, quase todo o resto é permitido. Parece então que leva uma eternidade para se ter 10 anos e outra para chegar aos tão sonhados 18... Depois disso, o intervalo entre janeiro e dezembro parece reduzido a pó, as ocupações e preocupações se apoderam do nosso tempo... Ele fica lá encarcerado, abduzido.

É fato que não se pode ser eternamente criança. É mais fato ainda que continuaremos a pagar contas e a resolver todos os questionamentos e problemas que a vida adulta nos traz. Mas, com certeza, a gente pode libertar de vez em quando o nosso tempo desse cárcere de preocupações e fazer coisas que nos deixam felizes, que nos remetam ao tempo de criança. Talvez assim ele não passe com tanta velocidade, talvez assim possamos enxergá-lo melhor e conseguir, enfim, desfrutá-lo com mais qualidade. Será? Nada perdemos em tentar.

Fazer o exercício de melhorar a qualidade do nosso tempo é o grande desafio da vida. Se tivermos o cuidado de relaxar mais, prestarmos mais atenção às pessoas que nos provocam boas sensações, perdemos menos energia com sentimentos inúteis, talvez tenhamos a sensação de que o tempo passe mais devagar. As responsabilidades vão continuar a bater em nossa porta, mas dar o devido lugar ao que é da vida adulta nos permite reservar espaço para sermos crianças também. Isso inclui brincar, ter melhores amigos, dançar, ter prazer em comer, abraçar e beijar muito quem se ama, se lambuzar de sorvete, definir o que se gosta de fazer e fazer... Tempo é relativo, é a gente que faz... Então certamente sempre haverá espaço para deixar vir a tona nosso tempo de criança.

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