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Para tudo! Vamos começar de novo. Aqui seria um espaço para troca de livros, mas acabou tornando-se um local de desabafos. Meus desabafos... Porque minha amiga Luciana abandonou o barco por causa de outros projetos e nunca mais postou nada. Então ela me pediu que reformulasse o blog e eu, Anoushe, sigo daqui com vocês que gostam de acompanhar um pouco do que fervilha em minha cabeça. A finalidade continua sendo trocar ideias, portanto, preciso mais da ajuda de vocês. Quem quiser dar sugestões para futuros textos, mande um e-mail. Podem também enviar textos sobre um livro que leram, uma música que os emocionou, peça de teatro, filme, enfim... Haverá um espaço reservado para suas impressões, tornando esse blog mais participativo e realizando uma efetiva troca de ideias. Conto com vocês, como sempre, para dar seguimento a isso que considero vital: trocar ideias, apreciar a arte, observar e conhecer pessoas e escrever... escrever... escrever...! "Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..." - Clarice Lispector

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Arte ou Lixo

Visitei uma exposição e gostaria de compartilhar com vocês minha reflexão sobre o que seria arte. Espero que vocês se divirtam um pouco e postem seus comentários. Grande abraço, Luciana




Outro dia fui a uma exposição de artes badalada e concorrida. Fui toda arrumadona, afinal, o convite era atrativo, haveria um coquetel e pediram até pra confirmar presença. Então lá fomos nós – eu e meu marido para um programa cultural.


Havia muita gente na porta! Gente bonita, gente esquisita, gente glamourosa, artistas e gente comum. Depois de uma longa espera – aproximadamente meia hora em pé na frente da galeria, fomos liberados para entrar, nós e todos os outros que aguardavam ansiosamente para ver a exposição com 50 artistas de diferentes gerações.

Ao entrar, tudo muito interessante – um cantor tocando sax, artistas pintando telas no momento da inauguração, o coquetel começando a circular.

Deparei-me com o primeiro quadro e não observei nada de interessante, a segunda obra, a terceira, a quarta e não conseguia achar um só quadro que tivesse vontade de colocar na minha casa. Meu marido me pediu pra que demorasse mais em cada obra, porque era “feio” não apreciar com calma trabalhos que exigiam tanta dedicação.

Juro que tentei, mas cada passo que eu dava, mais uma decepção. Depois de “apreciar” toda a exposição e esperar pelo minguado coquetel, concluí que os “renomados” artistas, definitivamente, não haviam me conquistado. Ficamos mais meia hora, com vergonha de sermos julgados “out” ou caretas demais ou simplesmente mal educados .

Uma jornalista se aproximou, pediu uma foto para uma coluna social – pelo menos valeu a produção...

Fui pra casa me perguntando se aquilo era mesmo arte ou se viraram todos loucos para achar que uma bicicleta de cabeça pra baixo tem algum significado. Concluí que arte é tudo aquilo que toca alguém de alguma forma. Pra mim, o que realmente me toca são as obras de uma grande amiga minha, uma artista desconhecida, mas que pinta paisagens sem deixar a tinta escorrer de propósito, que desenha figuras que eu consigo entender – pra mim, isso é muito mais que “arte contemporânea”.

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